sábado, 10 de novembro de 2012

Postado Por digo-provo | Tag :
 
Filho de José Amaro da Costa e Geralda Maria da Costa, o poeta IBANI COSTA, nasceu em Pedro Avelino, no dia 28 de dezembro de 1955 , e desde cedo , Ibani, se destacou por sua capacidade intelectual. Ainda jovem  participou ativamente da vida social da cidade, buscando sempre espaço para os jovens mostrarem que eram capazes , em 1976  foi um dos lideres do movimento que ficou conhecido como , .MLPA: MOVIMENTO PARA A LIBERTAÇÃO DE PEDRO AVELINO.  
        O talento de IBANI COSTA , não ficou só em Pedro Avelino, rompeu fronteiras e em 1974 ele venceu o festival de musica popular em Belém do Pará. Ibani, faleceu ainda jovem em Natal ,no ano de 1977.

       Ibani,nunca foi esquecido e recentemente foi lembrado pelo Jornalista Marcos Calaça. Pelo fato de sempre busca homenagear seus conterrâneos.

      Um dos grandes poemas de Ibani, O PESCADOR, foi escrito durante uma aula em um curso de datilográfia.

O GRANDE IBANI COSTA

É O MAIOR POETA DO NOSSO SERTÃO

EM 'O PESCADOR' GANHOU O FESTIVAL DE BELÉM DO PARÁ (1974)

NA DÉCADA DE 1970, HOMENAGEOU O PADRE ANTAS E O BARÃO.

EM 'EPITÁFIO' LEMBRA PEDRINHO DE ELVIRA, O GRANDE SERESTEIRO

COM TANTA DOR, O VIOLÃO CHOROU. OS DOIS ESTÃO CANTANDO NA

SOMBRA DO JUAZEIRO.

Marcos calaça,  jornalista (UFRN)

CONHEÇÃO DUAS COMPOSIÇÕES DE IBANI COSTA

Hino do poeta Ibani Costa.

HINO DO MOVIMENTO MLPA

I

Eme ele pe a

Juventude pra lá

De leal e de amiga

E de grande valor.

II

Eme ele pe a

Não podia deixar

De aqui reunir

Todo seu pessoal.

III

Simbora, meu caro estudante

Há um movimento te chamando ali.

A turma arregassou as mangas

E partiu pra luta pra não desistir.

IV

Me traga um poeta por favor

Eu quero lhe falar coisas de amor,

Eu quero é ver o sol brilhando

Em minha vida com amor e paz.

V

Mas agora guarde o resto das esmolas

Se ajeite e vá embora

E dê a quem necessitar.

Um dos mais belos poema da autoria de Ibani Costa, é

O PESCADOR
IBANI COSTA
I
Soprava o vento as palhas de um coqueiro
Saudando alegre um barco que partir,

Levando um forte homem que queria,
Buscar no mar o pão p'ro lar inteiro.
II

Na concha azul a ave que voava,
Deixou cair um beijo com doçura,
Abençoando aquela criatura,
Buscando longe o pão que lhe faltava.

III
E em mágicos deslizes o bailado,
Da onda mansa carregava um bravo,
Que se tornou do mar fiel escravo,
Devido ao seu amor ao lar sagrado.
IV
Uma criança frágil de seis anos,
Com a magra mão acenos lhe enviava,
E ao coração baixinho murmurava:
"Volte logo, papai, nós esperamos".
V
Nem do lugar mais alto de um monte
Se via mais o homem do barquinho,
Pois não passava de um banal pontinho,
Perdido no infinito do horizonte.
VI

Passaram-se três dias de repente,
Um ponto vem crescento já de volta,
A vela do barquinho ao vento solta,
Tornou-se rubra como no poente.
VII
A mãe e o filho a sorrir correram,
Para abraçar o homem que voltava,
Sem reparar que o mar triste chorava,
E o coqueiral dorido emudecera.
VIII

O frio vento que parou com as horas,
Sussurrou algo, e aquela que corria,
Caiu por terra, e o filho lhe dizia:
Por que choras mãezinha, por que choras?
IX
Seu pai, meu filho, partiu num barquinho,
Já fez três dias eu o esperava,
Para ele todo dia eu rezava,
E o barco triste encostou sozinho.
Nota do Blog : Agradeço a Colaboração do Jornalista Marcos Calaça

2 comentários:

  1. ANTONIO AFRANIO DE ARAUJO18 de novembro de 2012 às 20:22

    O PESCADOR, foi escrito durante uma aula de datilografia, curso que faziamos juntos. Quando terminou aquela aula ele me ofereceu aquele poema assinado. Original que recentemente sumiu das minhas relíquias. ANTONIO AFRANIO DE ARAUJO

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